Fosfitos de Cobre

O equilíbrio nutricional somado a produção de plantas com uma maior 

resistência a diversos patógenos resultam na combinação ideal para que o 

manejo das doenças nas mesmas seja mais racional e efetivo, e assim possa 

garantir um sistema de produção mais sustentável, produtivo e lucrativo. Tal 

necessidade se torna mais urgente quando observamos a redução da eficiência 

dos fungicidas no controle de ferrugem asiática, fato que vem sendo observado 

pela Embrapa desde a safra de 2007/2008 e que já chega a gerar mais de dois 

bilhões/ safra em investimentos para o controle desta doença. 

Uma alternativa que vem se destacando como um importante recurso na 

estratégia de manejo- por reduzir a severidade das doenças- é a utilização de 

fosfitos nas aplicações foliares. Os fosfitos são compostos à base de fósforo 

originados da neutralização do ácido fosforoso (H3PO3) por uma base. São 

solúveis e de alta sistemicidade sendo facilmente absorvidos pelas raízes e 

folhas das plantas. 

Os fosfitos possuem elevada atividade antifúngica, atuando diretamente sobre 

as doenças e estimulando os mecanismos naturais de defesa contra doenças. 

Além disso, podem ser utilizados como importante fonte de nutrientes para as 

plantas, pois apresentam um cátion acompanhante ao PO– permite-se corrigir 

rapidamente as deficiências nutricionais com este elemento e melhorar o 

desenvolvimento das plantas e a sua atividade fisiológica. 

Os fosfitos apresentam basicamente dois mecanismos de ação: o primeiro é 

sua ação direta sobre as doenças- pois apresenta ação fungicida em relação a 

determinados fungos invasores, vindo a causar a morte ou a inibição do 

crescimento dos fungos. O segundo mecanismo é a sua ação indireta por meio 

da ativação dos sistemas de defesa das plantas. Os fosfitos estimulam a 

síntese de fitoalexinas (substâncias químicas naturais de defesa), sendo 

capazes de contribuir efetivamente para o controle de patógenos. 

No mercado, encontramos diversos fosfitos, como o fosfito de potássio, de 

magnésio, de manganês e de cobre. No caso específico do fosfito de cobre, o 

cátion cobre também apresenta ação no controle de doenças e terá ação de 

contato e sistêmica dependendo da formulação do produto. O cobre atua na 

proteção do tecido vegetal contra infecções por bactérias e na redução das 

populações bacterianas na superfície foliar. 

O cobre participa de muitos processos fisiológicos como a fotossíntese, a 

respiração, distribuição de carboidratos, metabolismo de proteínas e da parede 

celular e está envolvido em mecanismos de resistência a doenças contra 

fungos e bactérias (atuando como indutor de resistência). Apresenta ação 

preventiva e curativa contra a maioria das doenças bacterianas e seu 

suplemento adequado vem promovendo resistência de plantas a doenças 

fúngicas. 

Hoje no mercado, há uma grande gama de produtos baseados em fosfitos de 

cobre e o produtor deve pesquisar e procurar orientação de um profissional 

especializado para fazer uma escolha correta. Esta escolha deverá levar em 

conta que, as fontes das matérias-primas usadas para a sua fabricação devem, 

além de ter boa procedência, possuir em sua formulação as fontes e 

compostos adequados para que o produto aplicado realmente funcione como 

indutor de resistência e consequentemente ajude no controle de doenças.   

Por: Ricardo Muñoz da Silva & Rodrigo R. Neves. 

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