Importância da adequação da calda na pulverização 

O mercado agrícola vem evoluindo, se moldando e se profissionalizando ano a 

ano e demonstra a toda uma nação que é o setor produtivo a ser seguido como 

exemplo de sucesso, tanto no âmbito administrativo e gerencial assim como no 

que tange aos avanços em tecnologia. Quando falamos em tecnologia, o 

campo vem mostrado que pensa e investe no melhor e sendo assim, após 

resolver problemas que levaram a produção nacional a dar saltos imensos em 

produtividade, agora foca nos detalhes, para que tudo saia perfeito de antes do 

plantio até após a colheita. Durante as pulverizações de defensivos os 

produtores têm buscado afinar e melhorar as condições de aplicação, haja vista 

que há fatores naturais como condições climáticas como temperatura e vento 

que, se não são controláveis, pelo menos são ajustáveis. Todo o espectro da 

tecnologia em aplicação, somada a produtos condicionadores de água vêm se 

mostrando cada vez mais eficientes e confiáveis ao produtor rural. 

As características da água utilizada no tanque de pulverização são 

notadamente importantes no resultado final do líquido a ser pulverizado, tanto 

em relação à retenção das gotas pela folha assim como na inativação dos 

produtos da mistura. Como forma de diminuir os efeitos da qualidade da água 

em questões como excesso de deriva, espalhamento e pouca afinidade com a 

superfície foliar, tensão superficial da gota, alcalinidade (pH) e o excesso de 

sais dissolvidos, recomenda-se o uso de um produto eficaz em ajustar estes 

fatores acrescentado a água de pulverização antes de colocar qualquer outro 

produto. 

O excesso de deriva, sem exageros, “leva a eficiência e a lucratividade para 

longe” e evitar este fator negativo na aplicação tem relação intrínseca com a 

indicação correta do bico, cálculo correto de vazão, calibração do equipamento 

de pulverização, o acréscimo inicial na água de pulverização de um produto que 

possa deixar as gotas com as características certas para que não se espalhem 

demais com o vento e nem caiam de forma excessiva em um mesmo local. 

Gotas grandes são pesadas e esparsas demais e não cobrem o total da folha e 

a gota muito fina é leve demais e causa perda excessiva do produto, o ideal é 

uma média que fica em mais ou menos em 200 micras/cm2 que cobre quase a 

totalidade da superfície foliar e leva a ela todas as benesses do produto 

aplicado. 

A pouca afinidade da água com a superfície da folha deve-se ao antagonismo 

da carga elétrica contida em cada um, isto, somada a serosidade da folha faz 

com que ambas sejam repelidas entre si. Sendo assim o acréscimo de um 

produto que possua ação surfactante, que quebre a tensão superficial da água 

e da folha é de suma importância para que o conteúdo do que está sendo 

aplicado penetre na mesma, vencendo suas barreiras elétricas e cerosas. 

Todos estes fatores levam a perdas financeiras e de eficiência na aplicação, 

mas uma em especial pode levar a desativação parcial ou total de um 

agroquímico colocado na calda: o pH da mistura. Este fator pode influenciar na 

estabilidade e no grau de dissociação do ingrediente ativo e a própria 

estabilidade física da molécula do defensivo por excesso de ligações 

catiônicas e hidrólise. Há um sério risco de hidrólise em pH alto, sendo que, 

quanto mais alcalino mais a molécula do ingrediente ativo do defensivo se 

degrada em parte ou totalmente. De um modo geral a maioria dos 

agroquímicos sofrerão degradação com pH acima de 5,5 e este fator é 

agravado pela utilização de “água dura” que possui excesso de sais minerais 

dissolvidos. 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima
Abrir bate-papo
Olá 👋
Podemos ajudá-lo?