Proteção para trigo e cevada com fosfitos 

O trigo cultivado no Brasil vem sofrendo cada vez mais com a incidência de  doenças, principalmente as de natureza fúngica e os fatores que potencializam  são inúmeros e necessitam de novas tecnologias e soluções para enfrenta-las.  Há grandes favorecedores ao aumento da quantidade, frequência e severidade  destas doenças, entre elas estão as condições climáticas – evidenciado pelo  aumento de temperatura e a frequência excessiva na precipitação pluvial, que  ao final do ano de 2015 e início de 2016 ficaram muito acima das médias dos  últimos anos na região sul do Brasil.  Especificamente na região de Guarapuava o complexo de Manchas Foliares, a  Bacteriose e a Giberela, além de outras doenças como Oídio, Ferrugem das  Folhas e Septória vêm causando inúmeros danos e perdas na produção.  Somadas, estas doenças diminuem a produtividade causando um grande  estrago na produção nacional, já que particularmente a região de Guarapuava e  Centro-Sul do PR somam boa parte do que é colhido no Estado e  consequentemente de toda a produção brasileira, que para 2016 possui uma  área plantada de 2.448.800 hectares e tem uma produção estimada em torno  de 5,53 milhões de toneladas*.   Impulsionado pelo enorme mercado cervejeiro brasileiro o plantio da cevada- que sofre dos mesmos tipos de problemas enfrentados pelo trigo – vem  aumentando sua área plantada com projeção para 102.400 hectares e o Paraná  com as regiões de Guarapuava e Ponta Grossa estão entre estas áreas de  expansão.    Alternativas viáveis.  Conseguir tratamentos eficientes sem aumentar em demasia o número de  aplicações e principalmente o investimento em agroquímicos é uma tarefa que  exige pesquisa e busca por fornecedores com resultados demonstrados. Neste  campo o tratamento para trigo e cevada com produtos a base de fosfitos de  cobre e fosfitos de potássio vêm se destacando amplamente.              Os Fosfitos de Potássio e de Cobre estão diretamente ligados aos  mecanismos de resistência às doenças fúngicas, atuando como excelentes  indutores de resistência da planta e de forma direta sobre algumas espécies de  fungos.  Vale lembrar que os Fosfitos de Potássio ocupam papel importante em  diversos processos metabólicos das plantas, se destacando no enchimento de  grãos, sendo um carregador de foto-assimilados desde as folhas para os frutos  e os Fosfitos de Cobre possuem ação direta a mecanismos de resistência a  doenças bacterianas, atuando na proteção do tecido vegetal contra infecções  por bactérias e na redução das populações bacterianas na superfície foliar.  Juntos, os fosfitos somam o equilíbrio nutricional das plantas com maior  resistência à entrada de diversos patógenos e estes fatores fazem com que o  manejo das doenças seja racional e efetivo e garantam um sistema produtivo  mais sustentável e lucrativo.  Aplicações mais eficientes com resultados efetivos necessitam de um bom  conhecimento e controle da qualidade dos produtos que são adicionados ao  tanque de pulverização, já que estes produtos podem influenciar diretamente  em fatores  decisivos na boa performance de um defensivo ou até mesmo na  parcial ou total desativação de sua molécula. Fungicidas, na grande maioria  dos casos trabalham em um limite máximo de pH 5,0 e começam a se tornar  ineficientes quando a calda fica acima deste valor. Assim, o produtor  extremamente qualificado da região de Guarapuava deverá ser bem orientado e  escolher produtos, que quando acrescidos a água de pulverização não venham  a aumentar o seu pH, vindo a evitar a hidrolização do produto (perda de  eficiência) e consequente perda do seu efeito.  *Fonte: Conab 03/2016  Por Eng. Agro Rodrigo R. Neves & Paulo H Fialho.   Portanto, acrescentar ao tanque de pulverização produtos que consigam  ajustar a água da calda para que o pH fique dentro dos parâmetros de bom  desempenho dos defensivos é muito recomendado ao produtor.  

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